sábado, 16 de junho de 2012

9. Procedimento padrão

Em minha última consulta o neurologista - especialista (?) - havia recomendado uma cirurgia de descompressão, conhecida também como craniectomia. Como não era cirurgião, indicou um neurocirurgião. Lá fui eu!

Mais uma consulta cara, e em um hospital público. Muita gente esperando, um certo descaso dos atendentes. Depois de quase uma hora de espera, fui chamado.

Contei minha situação, o médico - um dos profissionais mais renomados no país - nem me examinou e já foi dizendo:

– Aqui o procedimento padrão é colocar primeiro uma válvula. Se não der certo, aí veremos o que fazer!

Como assim, PROCEDIMENTO PADRÃO? Eu não era só mais um paciente, eu estava falando de minha vida. Não queria procedimentos padrões, busquei um especialista porque queria uma solução ESPECÍFICA para meu caso.

Atônito, sem saber o que dizer, perguntei se ele colocaria a tal válvula. Ele disse que poderia fazer a cirurgia, pedi então os exames preparatórios. A má vontade ao redigir os vários exames era perceptíveil - eu quase pedi desculpas pelo incômodo. Pior, ele estava lembrando tudo de cabeça, minha insegurança era total: e se ele não lembrasse de todos?

Não sei se estava ficando neurótico, obsessivo, mas eu queria ouvir mais médicos. Não é que eu tinha algo contra a válvula, mas nesta altura eu já havia lido muito sobre o assunto, estava me tornando eu mesmo quase um especialista. Eu sabia que havia outras soluções para hidrocefalia, quem sabe uma delas poderia servir para meu caso.

Chegou o resultado da ressonância mais recente, eu precisava mostrá-la ao médico que mais gostei (artigo A melhor consulta). A luz no final do túnel estava começando a aparecer... Conto no próximo artigo!



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